Não saber em que acreditar, não permitir que qualquer ilusão tome forma, saber que o solo que se pisa não é suficientemente firme para suportar qualquer aposta...
Não poder determinar qualquer objectivo, não ter expectativas de futuro para além das que dependem apenas de nós...
Aproveitar apenas e muito o que cada momento nos pode oferecer, vivendo cada um como se fosse o único e o último (quem sabe?) e com toda a intensidade que nos é permitida... e tirando todo o partido do prazer que se descobre a cada instante...!
...querendo sempre mais!
Mas, quanto ao dia de amanhã, e sem saber se nos será possível vivê-lo com essa mesma intensidade, por muita vontade e interesse que se tenha... resta aguardar e esperar que os nossos valores e critérios sejam minimamente respeitados, sem o que seremos simples e novamente projectados em queda livre...
E entretanto, bem no fundo mantemos sempre presente e damos conta que, apesar de tudo, há tanto para viver, que temos tanto para dar e que tudo isso é tão simples e fácil, e está tão próximo e simultaneamente inacessível... resta-nos o sonho...
E que sonho!