quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Estranho...

É estranho...
Não conseguir compreender, não ser capaz de entender, já não saber ler uma expressão facial, não distinguir a dureza de um olhar, não deixar de esperar que uma palavra seja proferida.
Afinal, o conhecimento já tem idade para ter ido à tropa (nos tempos em que tal era obrigatório). Não era suposto!
É estranho...
Não saber nunca o que deveria ter feito (ou deveria não ter feito?), não saber o que deveria ter dito (ou deveria ter calado?), não saber sequer o que é permitido pensar (ou talvez sonhar?).
Talvez o melhor seja mesmo ficar tranquilamente alheio e ausente, desistir de estar consciente e ignorar por completo tudo o que me rodeia, e assim deixar de correr o risco de ser "denunciado" por um qualquer acto, olhar, palavra, expressão, sorriso (ou mesmo pensamento) que resolva assomar à superfície sem ser previamente anunciado com a antecedência necessária que permita o assumir de uma qualquer armadura que possa dissolver por completo qualquer resquício de humanidade.
Sim... de humanidade.

Ainda flutuo!

2 comentários:

Anónimo disse...

bonito!

Paulo M. disse...

Olá candida!
Obrigado ... e bem-vinda!